Business processes bottlenecks: 7 pecados capitais
A eficiência operacional é fortemente afetada por bottlenecks. Gargalos, constrangimentos, perturbações, bottlenecks em processos de negócio que a restringem ou perturbam, significativamente, por maiores que sejam os esforços das/os profissionais para o evitar. Seja de capacidade – quando os recursos não conseguem assegurar a produção desejada ou o seu nível de entrega. Seja de processo, por fluxos operacionais inadequados e processes design erradamente estruturados. Seja de decisão, por delays significativos daí decorrentes.
Constituem, numa primeira fase, desafios que é necessário ultrapassar; ainda que temporários ou circunstanciais – mas, rapidamente - em outro momento - podem tornar-se, estruturalmente, obstáculos potencialmente insuperáveis.
Entre os mais reconhecíveis bottlenecks que equipas e organizações enfrentam, no dia-a-dia, teríamos que considerar: a escassez de recursos – seja de profissionais ou de tecnologia disponível; a manualidade de processos (como gosto de lhe chamar); inadequada tecnologia ou de sistemas de suporte utilizados ou de apoio à decisão (como é tão característico um ERP lento ou pouco fiável); a fraca qualidade da ‘boa rotina’ ou do quotidiano operacional eficiente – pela falta de padronização de processos, por exemplo, daí resultando inconsistências e ineficiências; ineficiente comunicação e/ou fluxos inadequados ou excessivos de aprovações e validações – dos quais deriva uma significativa burocracia corporativa. Se a estes juntarmos, a ausência de métricas de monitoria e supervisão devidamente fiáveis, e plenamente ativas, temos o enquadramento perfeito (ou imperfeito, neste caso).
Em tese, temos constrangimentos significativos em processos de negócio quando ocorrem notórias falhas de produtividade e eficácia que, em outras circunstâncias, poderiam ser ultrapassadas – seja por níveis de serviço não cumpridos, recursos subutilizados e/ou trabalho acumulado.
Proceder a uma root cause analysis (RCA) é sempre um primeiro passo para compreender a dimensão efetiva do problema e o seu enquadramento. Ainda que, uma análise mal efetuada possa levar a medidas desajustadas a posteriori – não o fazer, implica, desde logo, desconhecimento total de toda a situação e das suas implicações. São várias as potenciais soluções e/ou práticas a que podemos recorrer, para cada bottleneck ou causas associadas.
Destacamos alguns pontos de partida, para um diálogo mais produtivo, em casos de:
Escassez de recursos:
- Planear e monitorizar capacidades
- Investir em formação e automação
- Assegurar atualização de sistemas
- Promover manutenção preventiva
- Diversificar fornecedores ou cadeias de abastecimento
Manualidade de processos:
- Automatizar processos
- Adoção de RPA, ERP e BPM
- Digitalização documental e de processos
- Adoção de Chatbots e IA, quando aplicável
- Padronização clara, com a criação de SOPs
- Integrar práticas Kanban, Lean ou Six Sigma
- Integrar sistemas, c/ APIs e worflows conectados
Inadequada tecnologia ou sistemas de suporte à decisão:
- Adequados diagnósticos prévios e subsequentes mapeamento de processos, com análise de impactos
- Modernização de sistemas, de forma recorrente, pela sucessiva atualização e manutenção corretiva e preventiva
- Automação com RPA e IA
- Integração de sistemas, com adoção de ferramentas de suporte em BI
Padronização insuficiente:
- Mapear e modelar processos relevantes e críticos
- Adoção de ferramentas como BPMN e BPM
- Incluir SOPs no quotidiano profissional, na rotina
- Utilizar ferramentas de gestão de projetos
- Capacitar profissionais e transformação cultural
- Assegurar quality assurance/auditorias internas regulares
Ineficiente comunicação:
- Padronizar a comunicação, criando protocolos de aplicabilidade, se necessário, definindo apropriados canais de comunicação.
- Utilizar plataformas próprias e partilháveis para o efeito, incentivando o feedback construtivo, no contexto de uma política de comunicação transparente
Inadequada tecnologia ou sistemas de suporte à decisão fluxos desajustados de aprovações/burocracia corporativa:
- Compreender e identificar detalhadamente processos, com o seu mapeamento de aprovações e validações, adotando uma cultura clean/lean.
- Adotar e automatizar aprovações e workflows, utilizando o novo universo de ferramentas digitais disponíveis.
Empresas como a Izertis, líderes na transformação digital, podem constituir-se como parceiros fiáveis e fundamentais na dinamização de boas práticas que, conjunturalmente, mitiguem business processes bottlenecks; e, ao mesmo tempo, promovam desenvolvimentos estruturais que os eliminem a médio/longo prazo. Para tal, será essencial, para o sucesso de tal desiderato, assegurar um modelo de governance de gestão de projetos e de intervenção que inclua métricas de monitorização e avaliação de quais constrangimentos operacionais e de negócio possam existir, quais as suas causas e objetivas possibilidades de resolução. Apoiando-se, naturalmente – e sempre – no binómio pessoas – tecnologia. E a paixão por elas.