Izertis aplicará Visão Artificial no projeto Kairos para a indústria naval
A nossa empresa tecnológica irá aplicar a sua experiência em Visão Artificial na automatização do processo de fabrico de grandes peças de material compósito na indústria naval, graças à sua participação no projeto Kairos.
Kairos é uma iniciativa-piloto de inovação, cuja data de conclusão está prevista para 2025, que tem como objetivo a investigação em tecnologias de ponta para desenvolver uma solução para o fabrico eficiente de grandes peças feitas a partir de material compósito para o setor naval com um elevado grau de automatização, assim como em qualidade e em otimização de custos.
Pretende-se alcançar uma melhoria global que permitirá o fabrico de peças navais de material compósito com uma redução de peso de 30-40%
A nossa equipa será responsável pela definição dos componentes e necessidades do sistema ciberfísico para a criação do processo autónomo e inteligente de infusão e pré-formação de fibras, bem como pela investigação de técnicas de visão artificial e acompanhamento da temperatura durante o processo de cura utilizando uma câmara termográfica, análise da informação obtida utilizando algoritmos de classificação e deteção de anomalias, desenho de uma estrutura para a digitalização 3D das peças utilizando fotogrametria e desenvolvimento de algoritmos para a deteção de imperfeições dimensionais, entre outros.
Através desta ideia pretende-se alcançar uma melhoria global que permitirá o fabrico de peças navais de material compósito com uma redução de peso de 30-40% em relação às estruturas de aço tradicionais, com uma prestação igual ou melhor, com proteção contra o fogo e a corrosão, e com um custo do ciclo completo do fornecimento 40-50% mais baixo do que as tecnologias atuais.
"Na Izertis estamos muito orgulhosos por termos feito a nossa parte para tornar este projeto uma realidade e estamos entusiasmados por mostrar tudo o que podemos oferecer em termos de visão artificial aplicada à melhoria da qualidade dos produtos e processos", disse Raquel García, a nossa Consultora de Inovação.
Até agora, a indústria naval não adotou a utilização de materiais compósitos, uma vez que o peso ao não ser tão crítico nas grandes embarcações, torna o custo não competitivo. Para além disso, os processos de fabrico são complexos e estão fora do alcance económico e tecnológico dos estaleiros navais.
Contudo, a utilização de peças fabricadas com este material para determinados elementos navais, tais como peças móveis e outros componentes com características especiais, representaria uma melhoria importante e uma vantagem competitiva para os estaleiros navais espanhóis.
Esta iniciativa, liderada pela CT Ingenieros, conta também com a participação da SOFITEC, CRAMIX, SP Consultores y Servicios, Segula Technologies e Global Vacuum Presses. Também participam como subcontratados os centros tecnológicos Gaiker, CATEC e ITCL, o Air Institute e a Universidade de Cádis.